segunda-feira, 16 de abril de 2007

Acaso

Sou o acaso
Um olhar distante em busca de um mundo perdido
Sonho acordado
Me desfaço e me encontro em voçê
Vou do céu ao inferno em poucos segundos
Tenho inveja da coragem dos pobres
Caminho na contra-mão do mundo
Não sigo nenhuma hierarquia
E estou só
Só esperando por uma liberdade maior
Por um outro sentido muito mais verdadeiro do que este
Que farão as asas da imaginação baterem realmente
E nenhuma dor, nenhuma tristeza vai mais aborrecer
Respiraremos o perfume das flôres todo o instante
Estaremos próximos o bastante para nos enxergarmos como somos
Estaremos vivos mesmo estando livres da matéria
Assistiremos todos os capítulos da eternidade pois saberemos de fato que pertencemos ao infinito
Ao amor infinito...

Larga-me

Largue minha mão...
Deixe-me ir
Preciso voar, quem sabe afogar...
Não pense, não sinta, não fale
Apenas desvencilha-me!

Alma, que fazer?

Que fazer com uma alma constantemente mutável e periodicamente única?