terça-feira, 24 de junho de 2008

Escura poesia cura

Na noite mais longa do ano
Desencano de meus desenganos
A espera já não assusta
Porque nada mais conspiro
A não ser a leve e eterna vida
Que também se revela no escuro
Há muita poesia numa noite fria
Há muito mistério do outro lado do muro

sexta-feira, 13 de junho de 2008

Comigo consigo

Sou único
E essa unidade me apraz
No entanto, às vezes
Alguém dentro de mim
Quando percebe um outro eu
Comigo e consigo se desfaz

Sou tantos
E tão pouco
Que o único sentido
Que me resta
É fazer com que
Todos tenham paz

sábado, 7 de junho de 2008

Sapiens

O que foge à compreensão não agrada, agride a alma do ser humano assustado. Existir é uma situação penosa ao indeciso homo sapiens, melhor se recolher ao conforto da ilusão e esperar que as coisas se resolvam por si só, enquanto isso se diverte com insignificâncias que uma mente curta se desdobra pra criar.

segunda-feira, 2 de junho de 2008

PARAHYBVNA, PARAIBUNA, PARAIBVNA

Charmosa senhora PARAHYBVNA
Outrora cheia de glórias
Com tantos filhos ilustres
Por esse Brasil afora

Época de grandes homens
Passado presente na memória
Casarões e ruas cheias
Isso tudo faz parte da história

Modesta e acolhedora PARAIBUNA
Um futuro promissor já te envolveu
Promessas de muito progresso
Isso também já te aconteceu

Tu tinhas a alma acesa
Mesmo o simples, orgulho nos deu
Tudo era bom, motivo de festa
Nunca desprezaste um filho teu

Desnorteada e insegura PARAIBVNA
Mas o que foi que lhe sucedeu?
Mudaram teu rumo pro incerto
Acabou-se a paz que um dia viveu

Descaso e desonra vives agora
Roubaram-lhe o brilho, tudo que é teu
Respiras um ar pesado, nebuloso
Fecharam as portas, te jogaram num breu

Humanos

Ei-nos aqui, sentados à beira do vulcão de nossa hipócrita ingenuidade, desperdiçando tempo e suór com coisas insignificantes e fúteis, matando toda imaginação do mundo, no mundo do, "poderia ser pior", aplaudindo com um riso amarelo essa gente sem talento, que sai de todos os cantos a nos enojar o que deveria ser uma vida digna e decente.
Somos o espelho de nossa existência, e vemos coisa pior que um "mundo doente", vemos a nós mesmos despedaçados nos cacos do que resta de nossas vidas.
Os olhos e a mente nao alcançam nada mais além de uma cegueira pré fabricada, um prazer artificial e uma vergonha imensurável.
Orgulho, ignorância e voluptuosidade.
Eis a nós, humanos, cansados de seres humanos.

Esse ésse

Sim

Sei
Se
Sonhar
Se
Sorrir
Senão
Sofro
Sereno
Sem
Sentimentos
Sinceros
Sabe
Sou
Senhor
Sinalizando
Seus
Segredos
Sina
Solitária
Sacana
Simplesmente
Sutil