Foi sofrendo de maneira cruel e impiedosa
Que escolheu o jeito de nos iluminar
Foi o seu sangue a tinta da tela
Que desenhou a nos mostrar a eternidade
Foi despindo-se com dor da própria carne
Que encontrou caminho de submeter-nos verdade
Foi eliminando tudo o que de mundano envolvia
Que nos deixou semente para cultivarmos a fé
Foi trilhando o caminho mais difícil imaginável
Que seguiu a nos mostrar um destino mais afável
Foi enfrentando a morte com tenra coragem
Que nos questionou sobre a nossa essência
Foi assim, tão simplesmente e somente assim
Que mergulhou a indicar que a morte não é fim
Viva Jesus que não nos deixou dúvidas
Que além das aparências existe um mundo de luz
quarta-feira, 31 de março de 2010
quinta-feira, 25 de março de 2010
Nero Neruda de Nara Leão
Enrico Bostiglio
Sentou na janela
Olhou para fora
E viu que já era
O tempo que passa
Com a noite passou
Olhou pra minha cara
Sorriu e miou
Eu que não penso
Joguei na panela
Farofa de ovo
Pra fome amarela
Mais um dia de caça
Nem sei onde vou
Mas o miar de Enrico
Me reestruturou
Que somos nós nesse mundo que nos permeia
Vives numa atmosfera de que vale a pena
Eu desconfiado me machucando, saltando a veia
Te invejo a alegria pois assim nada te condena
Miau
Bom dia
Sol
Seu
Bostiglio
Sentou na janela
Olhou para fora
E viu que já era
O tempo que passa
Com a noite passou
Olhou pra minha cara
Sorriu e miou
Eu que não penso
Joguei na panela
Farofa de ovo
Pra fome amarela
Mais um dia de caça
Nem sei onde vou
Mas o miar de Enrico
Me reestruturou
Que somos nós nesse mundo que nos permeia
Vives numa atmosfera de que vale a pena
Eu desconfiado me machucando, saltando a veia
Te invejo a alegria pois assim nada te condena
Miau
Bom dia
Sol
Seu
Bostiglio
Enfim borboleta
Abaixo desse sol empazinante
Quem me dirá sóbrio?
Quem me dirá acordado?
Pipoqueam giga pensamentos
Sem coragem de agigantearem-se
Eis a cara do divino que se perdeu
Por entre a chatice dos séculos
Amem, amem e digam amém amiúde
Me falam as faces espamadas
Sobre interesses deveras mil
Rodeiam as palavras por de trás do ego
Sem fronte nem fronteiras
Querendo sempre mais do vazio
É o ópio que mantém a utopia
Das gerações que devoram gerações
Dos corações que devoram corações
Que significa para a lagarta o casulo
Antes de ver-se borboleta?
E se ela tivesse medo
E se borboleta não soubesse ser
Viveria absoluta ironia
Só porque acreditar-se-ia morrer?
Não
Não vim
Para crer
Que termina no fim
Quem me dirá sóbrio?
Quem me dirá acordado?
Pipoqueam giga pensamentos
Sem coragem de agigantearem-se
Eis a cara do divino que se perdeu
Por entre a chatice dos séculos
Amem, amem e digam amém amiúde
Me falam as faces espamadas
Sobre interesses deveras mil
Rodeiam as palavras por de trás do ego
Sem fronte nem fronteiras
Querendo sempre mais do vazio
É o ópio que mantém a utopia
Das gerações que devoram gerações
Dos corações que devoram corações
Que significa para a lagarta o casulo
Antes de ver-se borboleta?
E se ela tivesse medo
E se borboleta não soubesse ser
Viveria absoluta ironia
Só porque acreditar-se-ia morrer?
Não
Não vim
Para crer
Que termina no fim
domingo, 31 de janeiro de 2010
Sem sentimentos
Palavras
Sem sentimentos
São palavras
Jogadas ao vento
Palavras
Sem Sentimentos
Não são palavras
São tormento
Sem sentimentos
São palavras
Jogadas ao vento
Palavras
Sem Sentimentos
Não são palavras
São tormento
domingo, 17 de janeiro de 2010
Vocês, verão
Nos longos dias nítidos de verão
Palpita o desejo inconsequente de paz
Sair com automóvel para uma praia deserta
Mas não existem mais praias desertas
Existem matas abertas e almas desertas
São as quatro paredes de meu quarto
Minhas praias desertas
Pela janela o vento assobia
De certo se rindo
Ao ver em terra firme
Um ser mergulhado em dúvidas
Que são longas e tristes mas passam
Como passam os longos dias tristes de verão
Palpita o desejo inconsequente de paz
Sair com automóvel para uma praia deserta
Mas não existem mais praias desertas
Existem matas abertas e almas desertas
São as quatro paredes de meu quarto
Minhas praias desertas
Pela janela o vento assobia
De certo se rindo
Ao ver em terra firme
Um ser mergulhado em dúvidas
Que são longas e tristes mas passam
Como passam os longos dias tristes de verão
sábado, 16 de janeiro de 2010
Cem idéias
Que são as idéias senão subterfúgios humanos
As idéias criam coisas para quem enxerga com olhos
Criam os espelhos e outras quinquinharias
Que muito agrada quem não trabalha o espiritual
E eis que o mundo todo é uma quinquinharia
E a vida é uma coisa artificial
Humanos com alma de polietileno pelas ruas
E as coisas verdadeiramente belas
Usadas como matéria prima nas fábricas humanas
O céu cinza chora chuva ácida sobre casas acinzentadas
E cheiram cola, morrem de fome e são crucificadas
As pessoas que enxergam não com olhos
Eis o que criam as idéias
As idéias criam coisas para quem enxerga com olhos
Criam os espelhos e outras quinquinharias
Que muito agrada quem não trabalha o espiritual
E eis que o mundo todo é uma quinquinharia
E a vida é uma coisa artificial
Humanos com alma de polietileno pelas ruas
E as coisas verdadeiramente belas
Usadas como matéria prima nas fábricas humanas
O céu cinza chora chuva ácida sobre casas acinzentadas
E cheiram cola, morrem de fome e são crucificadas
As pessoas que enxergam não com olhos
Eis o que criam as idéias
quarta-feira, 29 de abril de 2009
O homem
O homemm, nesta terra, leva o cansaço no rosto, a saudade no peito, a sensação de insaciabilidade na alma e a alegria na ilusão
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