domingo, 17 de janeiro de 2010

Vocês, verão

Nos longos dias nítidos de verão
Palpita o desejo inconsequente de paz
Sair com automóvel para uma praia deserta
Mas não existem mais praias desertas
Existem matas abertas e almas desertas

São as quatro paredes de meu quarto
Minhas praias desertas

Pela janela o vento assobia
De certo se rindo
Ao ver em terra firme
Um ser mergulhado em dúvidas
Que são longas e tristes mas passam
Como passam os longos dias tristes de verão

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