terça-feira, 29 de julho de 2008

Pecados poéticos

Que pecado carrega um poeta
Senão o de saber mentir?

Sim, pois só ele sabe
Que revela um tanto de mediocridade
Quando tenta dar um gosto sublime
Nesse ar carregado de cansaço e de crime

No escuro melhor visualiza a realidade
E toma conta que ela muda com a necessidade
Talvez hoje ela nem seja a mesma de ontem
E isso é coisa que se espera que não contem

Entretanto a manada de gente
Continua seguindo em frente
Mesmo não percebendo o motivo ou razão
E o poeta se encontra em absurda solidão

Para não deixar faltar aos seus
Ele inventa mais sonhos que Deus
Assim dessa maneira ele planta a semente
De um certo alívio quase ausente
Mas que dá asas pra quem o faz presente
No espaço mágico do coração da gente

Um comentário:

Rogério Faria disse...

Cabeça, bonita essa poesia. Gostei também da "Corpo e Alma". Aliás, vou postá-la no meu blog (sem sua autorização).

Sabadão estará aqui no churrasco?

Abraço.