Tempo,
Energia cósmica
Em forma de luz
Como decifrar-te
Se não decifro a mim mesmo?
Tu me acaricias
Com teus segundos, teus milênios
Me povoas a cabeça com sonhos
Com dores e amores
Tempo mister, mistério tempo
Por quantas vezes te matei, ó tempo
Por isso me transformará em pó?
Tu que foste mágico
Trágico, já me arrebatou
Me leva pelos cantos do infinito
Sem saber se quero, eu vou
Caminhas lenta e apressadamente
Possuindo tudo
Como se nada fosse
O ontem
O hoje
O amanhã
Voçê que é e sempre será
Tudo o que me restou
(Existe tu dentro de outro tempo, como eu, que vivo ao mesmo tempo com pessoas que não têm tempo, nem fazem parte do meu tempo e não sabem se estão ganhando ou perdendo tempo?)
terça-feira, 22 de abril de 2008
quarta-feira, 16 de abril de 2008
Vede a verdade
Vede a verdade
Antes que vos vede ela
Caminhai, pois, seguros
Sem temerdes a mazela
Fixai no que sereis
E quereis coisas belas
Sede a graça e o empenho
E vos encontrareis na alta esfera
Antes que vos vede ela
Caminhai, pois, seguros
Sem temerdes a mazela
Fixai no que sereis
E quereis coisas belas
Sede a graça e o empenho
E vos encontrareis na alta esfera
domingo, 13 de abril de 2008
Amemos
O único remédio para a dor do existir é o amor
Feliz o que se entrega, o que se deixa levar por esse sentimento
Que abre a porta de sua alma e o aceita incondicionalmente
Pois ele não vingará onde existe dúvida, onde existe medo
As pessoas perdem muito tempo com coisas fúteis
Vivem acerca dum emaranhado de sentimentos inexpressivos
São incapazes de se libertar dessa sina medíocre
Porque são covardes ante o amor
Porque têm medo desse sentimento nobre
Façamos por merecer nossa existência
Sejamos nobres com o mistério com que fomos agraciados
Amemos
Feliz o que se entrega, o que se deixa levar por esse sentimento
Que abre a porta de sua alma e o aceita incondicionalmente
Pois ele não vingará onde existe dúvida, onde existe medo
As pessoas perdem muito tempo com coisas fúteis
Vivem acerca dum emaranhado de sentimentos inexpressivos
São incapazes de se libertar dessa sina medíocre
Porque são covardes ante o amor
Porque têm medo desse sentimento nobre
Façamos por merecer nossa existência
Sejamos nobres com o mistério com que fomos agraciados
Amemos
terça-feira, 8 de abril de 2008
Sem sina nem sinal
Vou passar por cima
Dessa poesia que não rima
Dessa dor
Desse cansaço
Vou jogar no tacho
Se desencontrado me encontro
Falando cabisbaixo
Sussurrando desagrados
Do que vem de cima
Do que vem de baixo
Ai se me descobrem assim
Segurando minha criança
Olhando sem esperança
Pro futuro incerto
Pra um futuro ingrato
Um trabalho tem que ser util
Inutil falar isso aqui
Mas se assim que penso
Assim penso mudar
Trabalha, trabalha
E deixa estar o pensar
Dessa poesia que não rima
Dessa dor
Desse cansaço
Vou jogar no tacho
Se desencontrado me encontro
Falando cabisbaixo
Sussurrando desagrados
Do que vem de cima
Do que vem de baixo
Ai se me descobrem assim
Segurando minha criança
Olhando sem esperança
Pro futuro incerto
Pra um futuro ingrato
Um trabalho tem que ser util
Inutil falar isso aqui
Mas se assim que penso
Assim penso mudar
Trabalha, trabalha
E deixa estar o pensar
segunda-feira, 7 de abril de 2008
Choram as mães
Sangra a terra mãe
Ao parir seus filhos
Agoniza de tristeza
A matriarca arrependida
Desespera-se a mãe natureza
A sentir-se esvaindo mortalmente
Se sacode tentando se livrar de suas criaturas
Que sugam-lhe, no ventre, a vida
Qual criaturas horripilantes criaste
Seres sedentos de raiva e de paixão
Caminham cegos por teus seios
Tolhendo-lhe a vida como se nada fosse
Seria ilusão, seria tristeza
Essa estúpida frieza contra teu ser
Que inunda de mágoas
E que fere sem trégua
Todo sonho e todo viver
Ao parir seus filhos
Agoniza de tristeza
A matriarca arrependida
Desespera-se a mãe natureza
A sentir-se esvaindo mortalmente
Se sacode tentando se livrar de suas criaturas
Que sugam-lhe, no ventre, a vida
Qual criaturas horripilantes criaste
Seres sedentos de raiva e de paixão
Caminham cegos por teus seios
Tolhendo-lhe a vida como se nada fosse
Seria ilusão, seria tristeza
Essa estúpida frieza contra teu ser
Que inunda de mágoas
E que fere sem trégua
Todo sonho e todo viver
Adiante
Adormece
Te solta do mundo
Das mágoas
Das dores
Ó pobre criança
Acumula tua alma
Com sonhos
Singelos olhares
Ecos da eternidade
Que renovam teu ser
Veja a vida
Não é sofrida
É tudo passageiro
Não há empecilho
Para o verdadeiro
Somos breves
Somos leves
Somos fortes
E não há o que temer
Diante da vida
Diante da morte
Te solta do mundo
Das mágoas
Das dores
Ó pobre criança
Acumula tua alma
Com sonhos
Singelos olhares
Ecos da eternidade
Que renovam teu ser
Veja a vida
Não é sofrida
É tudo passageiro
Não há empecilho
Para o verdadeiro
Somos breves
Somos leves
Somos fortes
E não há o que temer
Diante da vida
Diante da morte
quarta-feira, 2 de abril de 2008
Mi lagrima
Sempre que estou quase conseguindo sair de mim,
escalando minha garganta a ver o brilho do mundo por entre meus dentes,
numa vontade de me fazer um grito absurdo,
pra tudo o que sei
e o que não sei.
Eis que no último degrau de meu ser,
eu despenco.
E lá vou eu,
descendo por entre minhas vísceras,
meus órgãos,
minhas tripas.
Planando no infinito abismo de minha alma.
Fragmentos de lembranças esquecidas,
dores de todos os partos,
nos quais fui gerido e gerei,
o próprio tempo se esforçando pra se tornar a vir a ser tempo,
e ao mesmo tempo, tempo não existir.
Uma tempestade extra,
intra, ultra corporal,
carnal e espiritual que não tem fim.
O big bang de minha existência.
Impotência do ser ante o criador,
dentro dum enorme vazio.
E, quando chego perto do fim do fim,
eis que surge a primeira lágrima,
aquela que rega os sonhos,
que lava meus olhos
e faz céu azul,
acalma as tempestades,
e que me faz levantar,
e a caminhar em frente,
para sempre e de novo,
pela eternidade,
sereno,
outra vez.
escalando minha garganta a ver o brilho do mundo por entre meus dentes,
numa vontade de me fazer um grito absurdo,
pra tudo o que sei
e o que não sei.
Eis que no último degrau de meu ser,
eu despenco.
E lá vou eu,
descendo por entre minhas vísceras,
meus órgãos,
minhas tripas.
Planando no infinito abismo de minha alma.
Fragmentos de lembranças esquecidas,
dores de todos os partos,
nos quais fui gerido e gerei,
o próprio tempo se esforçando pra se tornar a vir a ser tempo,
e ao mesmo tempo, tempo não existir.
Uma tempestade extra,
intra, ultra corporal,
carnal e espiritual que não tem fim.
O big bang de minha existência.
Impotência do ser ante o criador,
dentro dum enorme vazio.
E, quando chego perto do fim do fim,
eis que surge a primeira lágrima,
aquela que rega os sonhos,
que lava meus olhos
e faz céu azul,
acalma as tempestades,
e que me faz levantar,
e a caminhar em frente,
para sempre e de novo,
pela eternidade,
sereno,
outra vez.
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