Algumas facas me espetam por dentro
Assim como espeto algumas vacas
Alfavacas
Se as Deusas preferem os Demônios
Vão-se todos às favas sem mim
McHedonistas sem palavra
Façam-me o favor
quinta-feira, 6 de novembro de 2008
terça-feira, 4 de novembro de 2008
Antes de tudo
Antes de tudo
O pouco que sei
Pode não parecer nada
Mas é meu maior bem
Do resto nada importa
De valia mesmo o grande mistério
Imensa escuridão
Ou pequena e poderosa luz
Aos olhos que na sua quase totalidade
Enxerga o que vê com infinito amor
O pouco que sei
Pode não parecer nada
Mas é meu maior bem
Do resto nada importa
De valia mesmo o grande mistério
Imensa escuridão
Ou pequena e poderosa luz
Aos olhos que na sua quase totalidade
Enxerga o que vê com infinito amor
segunda-feira, 27 de outubro de 2008
Essa dança cansa
Quando não cansa
Quem tenta
Chegar onde o pensamento alcança
Dança
Eis que aqui a única pujança
É a de se encher a pança
Festança?
De pensamento, só das crianças
Enquanto isso balança
A verdade, numa louca dança
Quem tenta
Chegar onde o pensamento alcança
Dança
Eis que aqui a única pujança
É a de se encher a pança
Festança?
De pensamento, só das crianças
Enquanto isso balança
A verdade, numa louca dança
sábado, 27 de setembro de 2008
Vício do prazer
Deixa eu provar teu veneno
Essa tua urgência de amar
Inicie liberando pequenas doses
Até que me satisfaça somente com a cavalar
Consinta que eu te entregue meu ser
Que eu me sinta perdido
E que só me assossegue
Usando do ópio do teu prazer
Essa tua urgência de amar
Inicie liberando pequenas doses
Até que me satisfaça somente com a cavalar
Consinta que eu te entregue meu ser
Que eu me sinta perdido
E que só me assossegue
Usando do ópio do teu prazer
sexta-feira, 26 de setembro de 2008
À sós com nós
E se eu soubesse o que acontece comigo
Se por um dia me livrasse do peso, amigo
Se me desfizesse dessa sensação que tudo está bem
Se me livrasse das inverdades da paz e do amém
Se flutuasse o mais alto que pudesse dentro de mim
E me olhasse ciente e convicto da existência sem fim
Se eu parasse, de me julgar e, de em todos acreditar
Se eu gritasse com o afã de um mudo
E me ouvisse calado, acima de tudo
Provavemente assim seria eu
Talvez alguém muito mais que eu
Pois com certeza enxergaria à sós
O que desenrola na trama de nós
Se por um dia me livrasse do peso, amigo
Se me desfizesse dessa sensação que tudo está bem
Se me livrasse das inverdades da paz e do amém
Se flutuasse o mais alto que pudesse dentro de mim
E me olhasse ciente e convicto da existência sem fim
Se eu parasse, de me julgar e, de em todos acreditar
Se eu gritasse com o afã de um mudo
E me ouvisse calado, acima de tudo
Provavemente assim seria eu
Talvez alguém muito mais que eu
Pois com certeza enxergaria à sós
O que desenrola na trama de nós
sábado, 13 de setembro de 2008
Plasmar
Quem dera plasmar
O amor
Que habita
Meu mar
Quem dera
Quem dera acordar
O sonho
Escondido
No olhar
Quem dera estancar
O choro
Quem dera acalmar
Quem dera
O amor
Que habita
Meu mar
Quem dera
Quem dera acordar
O sonho
Escondido
No olhar
Quem dera estancar
O choro
Quem dera acalmar
Quem dera
quinta-feira, 21 de agosto de 2008
Tímida anatomia
Paguei o olho da cara
Me doeu a boca do estômago
E a barriga da perna
Por não segurar no céu da boca
Dei com a língua nos dentes
Falava pelos cotovelos
Não ao pé da orelha
Mirei bem a ponta do nariz
Disfarçava esfregando as costas da mão
Olhando direto à menina dos olhos
Formigava-me o peito do pé
Não tive nervos de aço
Porém fui sincero dos pés à cabeça
Novamente dei ouvidos ao coração
Mas não arrependo nenhum fio de cabelo
Me doeu a boca do estômago
E a barriga da perna
Por não segurar no céu da boca
Dei com a língua nos dentes
Falava pelos cotovelos
Não ao pé da orelha
Mirei bem a ponta do nariz
Disfarçava esfregando as costas da mão
Olhando direto à menina dos olhos
Formigava-me o peito do pé
Não tive nervos de aço
Porém fui sincero dos pés à cabeça
Novamente dei ouvidos ao coração
Mas não arrependo nenhum fio de cabelo
domingo, 17 de agosto de 2008
A dor adora a dor
A dor que não é sua
Sua quem a sente
Cala e consente
Que ela doa crua
Nua
Na rua sem saída
Na lágrima caída
Abate infelizmente
Acaba com a gente
Dói
Corrói
Se perpetua
Sua quem a sente
Cala e consente
Que ela doa crua
Nua
Na rua sem saída
Na lágrima caída
Abate infelizmente
Acaba com a gente
Dói
Corrói
Se perpetua
terça-feira, 29 de julho de 2008
Pecados poéticos
Que pecado carrega um poeta
Senão o de saber mentir?
Sim, pois só ele sabe
Que revela um tanto de mediocridade
Quando tenta dar um gosto sublime
Nesse ar carregado de cansaço e de crime
No escuro melhor visualiza a realidade
E toma conta que ela muda com a necessidade
Talvez hoje ela nem seja a mesma de ontem
E isso é coisa que se espera que não contem
Entretanto a manada de gente
Continua seguindo em frente
Mesmo não percebendo o motivo ou razão
E o poeta se encontra em absurda solidão
Para não deixar faltar aos seus
Ele inventa mais sonhos que Deus
Assim dessa maneira ele planta a semente
De um certo alívio quase ausente
Mas que dá asas pra quem o faz presente
No espaço mágico do coração da gente
Senão o de saber mentir?
Sim, pois só ele sabe
Que revela um tanto de mediocridade
Quando tenta dar um gosto sublime
Nesse ar carregado de cansaço e de crime
No escuro melhor visualiza a realidade
E toma conta que ela muda com a necessidade
Talvez hoje ela nem seja a mesma de ontem
E isso é coisa que se espera que não contem
Entretanto a manada de gente
Continua seguindo em frente
Mesmo não percebendo o motivo ou razão
E o poeta se encontra em absurda solidão
Para não deixar faltar aos seus
Ele inventa mais sonhos que Deus
Assim dessa maneira ele planta a semente
De um certo alívio quase ausente
Mas que dá asas pra quem o faz presente
No espaço mágico do coração da gente
segunda-feira, 28 de julho de 2008
A dor de amar
A procura pelo prazer
Tem sempre um gosto da dor
Tentando disfarçar tua necessidade
Que é a carência de amor
O homem vai, cai e levanta
Procura por todo lugar
Sem conseguir achar um sentido
Só necessita de alguém para amar
Os olhos estão encharcados
O corpo quer ir embora
O tempo está perdido
Por dentro a alma chora
Agora é a dor da ilusão
Que arde sem cessar
E isso não passa de jeito nenhum
Se você não aprender a amar
Tem sempre um gosto da dor
Tentando disfarçar tua necessidade
Que é a carência de amor
O homem vai, cai e levanta
Procura por todo lugar
Sem conseguir achar um sentido
Só necessita de alguém para amar
Os olhos estão encharcados
O corpo quer ir embora
O tempo está perdido
Por dentro a alma chora
Agora é a dor da ilusão
Que arde sem cessar
E isso não passa de jeito nenhum
Se você não aprender a amar
quarta-feira, 23 de julho de 2008
domingo, 20 de julho de 2008
O Corpo e a alma
O corpo
Torto
Parece falar mesmo quando morto
Cerne da alma
Procura por calma
Frágil e engenhosa carcaça
Que com o tempo não se disfarça
Genioso nos quereres
Sedento de prazeres
Sente a fome
Que saciada some
Sente o frio
Consequente o arrepio
Sente a dor
Que só se cura com amor
Sente o sono
De sonho ainda sem dono
Necessita de sexo
Mesmo que ainda sem nexo
Tem muita sede
Que às vezes não se compreende
A alma
Torta
Continua viva quando parece morta
Cheia de trauma
Nunca se acalma
Sem muito dizeres
Carente também de prazeres
Sempre se consome
Numa fome sem nome
Seu inverno é mais frio
Que o mais gélido rio
Avessa à dor
Viciada no amor
Nunca cai em sono
Pois é viva mesmo no sonho
Não acha muito nexo
Se sem amar fazer sexo
Sua única sede
É um mistério, só posso dizer-te
Torto
Parece falar mesmo quando morto
Cerne da alma
Procura por calma
Frágil e engenhosa carcaça
Que com o tempo não se disfarça
Genioso nos quereres
Sedento de prazeres
Sente a fome
Que saciada some
Sente o frio
Consequente o arrepio
Sente a dor
Que só se cura com amor
Sente o sono
De sonho ainda sem dono
Necessita de sexo
Mesmo que ainda sem nexo
Tem muita sede
Que às vezes não se compreende
A alma
Torta
Continua viva quando parece morta
Cheia de trauma
Nunca se acalma
Sem muito dizeres
Carente também de prazeres
Sempre se consome
Numa fome sem nome
Seu inverno é mais frio
Que o mais gélido rio
Avessa à dor
Viciada no amor
Nunca cai em sono
Pois é viva mesmo no sonho
Não acha muito nexo
Se sem amar fazer sexo
Sua única sede
É um mistério, só posso dizer-te
quarta-feira, 16 de julho de 2008
As não ilusões dóem
A loucura que um dia amei
Hoje me apavora
Me entreguei cegamente
Sem notar sua intenção
Achava ser feliz
Sem perceber o que acontecia
Hoje me pego aos cacos
Perto do que já fui outrora
Como pude crer em tuas mentiras
Ó bela aurora?
Me seduziste com teus prazeres
Me aninhaste em tua mão
Teu sorriso belicoso e intrigante
Era tudo o que me valia
Fiquei cego e entregue a sorte
Não enxergava o que acontecia por hora
Com a mesma fúria que ofereceste amor
Me jogaste pra fora
Destruiste com tudo que sonhei
Acabaste com toda minha ilusão
Me pus a recompor
Achei força que já nem sabia
Agora te vejo com outros olhos
Me desvencilhei de ti ó triste senhora
Hoje me apavora
Me entreguei cegamente
Sem notar sua intenção
Achava ser feliz
Sem perceber o que acontecia
Hoje me pego aos cacos
Perto do que já fui outrora
Como pude crer em tuas mentiras
Ó bela aurora?
Me seduziste com teus prazeres
Me aninhaste em tua mão
Teu sorriso belicoso e intrigante
Era tudo o que me valia
Fiquei cego e entregue a sorte
Não enxergava o que acontecia por hora
Com a mesma fúria que ofereceste amor
Me jogaste pra fora
Destruiste com tudo que sonhei
Acabaste com toda minha ilusão
Me pus a recompor
Achei força que já nem sabia
Agora te vejo com outros olhos
Me desvencilhei de ti ó triste senhora
segunda-feira, 7 de julho de 2008
Nesses dias frios
Nesses dias frios, pensamentos afloram, como que nascidos em meio à turbulência, ao choque das diferenças de temperatura do clima entre as estações. O inverno cruel, semeia as idéias, impulsiona os sonhos, clareia nossas visões perante nosso futuro, nossa existência.
O que seria a noite senão um intervalo de desligamento das coisas; e o inverno uma grande noite; um descanso para a mente ainda não preparada a algo inimaginavelmente maior, que se apresentado assim, à nossa condição de ser humano atual, nos provocaria enorme choque, temor indescritível e consequentemente um abalo geral em nossa estrutura enquanto seres. Existiria nesse universo outro planeta, de seres mais evoluídos, que não necessitasse desses intervalos, dessas mudanças em relação à luz, dessas fases da lua; onde se viveria mais intensa e prazerosamente, uma vez que desprendidos de temores e medos primordiais, ao contrário de como nos encontramos? Não seria a Terra uma maternidade de evolução para sistemas mais avançados, um preparo para realidades infinitamente diferentes, um caminho para uma verdade diferentemente maior? Pois então, eis que surgem pensamentos assim, e eu me pego cada vez mais com a nítida impressão de não sabermos nada ainda.
Por muito tempo a gente vive envolto em questões de ordem egoísticas, estamos presos à nós mesmos. O ser humano adora ter uma sensação de um certo controle, de um certo conhecimento do que se passa ao seu redor, sem ter, ao mesmo tempo, relevância esse sentimento, e, com isso perde tempo precioso, o qual poderia usar para criar coisas maiores, sonhos maiores, de mais aproveitamento pessoal e coletivo. Fica preso à uma retórica sem sentido, pois desperdiça sua energia com um alcançar sem nexo, com um almejar robótico, não pensado nem idealizado por ele mesmo, vai seguindo o rebanho que caminha pra ribanceira. Surge uma energia disconexa, uma coisa sem sabor que a maioria das vezes ele nem se dá conta.
O que seria o homem senão a vitória do pensamento lógico, e é aí o ponto da conversa; existe algo a mais que a razão, um estágio que teremos de almejar, não importa com quantas gerações; é a nossa próxima fase de desenvolvimento.
Será preciso se livrar do fardo da insatisfação e da mediocridade para seguirmos em frente; de nada adianta se achar cura pra tudo se; a pior de todas as doenças, a ignorância, aumenta em proporções alarmantes. Qual o significado da tecnologia para a humanidade hoje em dia?
Estamos dando conta de que se não for sustentável ela pode ser uma arma contra nós mesmos; muita coisa mudou, e muita coisa está mudando, silenciosamente.
Urge uma revolução muito grande, de proporções incalculáveis, ela tende por em choque todo contexto que o homem acredita como inalterável, será algo como uma revolução astral, a mudança que fará com que nos enxerguemos como seres universais. Tudo o que vivemos hoje será um passado esdrúxulo, uma fase de transição sinistra que atualmente desempenhamos sem saber. O homem ainda vai sofrer por descobrir que algumas leis da natureza não devem ser alteradas, mas sobreviverá para ter a ciência desse fato.
Atualmente procuramos artifícios que nos deem sentido em nosso viver, seja no material, no conjugal, nos filhos, nas relações de amizade; enfim, tudo que nos apegamos no sentido de sentirmos parte de uma sociedade, de ser aceito pelos outros; nossa felicidade está acima de qualquer coisa, nos tornamos egoístas para almejá-la. Custe o que custar todo mundo quer ser feliz não importando a consequência, e a consequência começa agora a surgir como um monstro bem na nossa frente, nas telas de nossas TV's, ao vivo e à cores.
É a história da humanidade, mais um capítulo, mais um inverno que chega e chegará pra que nos tornemos humanos de verdade.
Que assim seja...
O que seria a noite senão um intervalo de desligamento das coisas; e o inverno uma grande noite; um descanso para a mente ainda não preparada a algo inimaginavelmente maior, que se apresentado assim, à nossa condição de ser humano atual, nos provocaria enorme choque, temor indescritível e consequentemente um abalo geral em nossa estrutura enquanto seres. Existiria nesse universo outro planeta, de seres mais evoluídos, que não necessitasse desses intervalos, dessas mudanças em relação à luz, dessas fases da lua; onde se viveria mais intensa e prazerosamente, uma vez que desprendidos de temores e medos primordiais, ao contrário de como nos encontramos? Não seria a Terra uma maternidade de evolução para sistemas mais avançados, um preparo para realidades infinitamente diferentes, um caminho para uma verdade diferentemente maior? Pois então, eis que surgem pensamentos assim, e eu me pego cada vez mais com a nítida impressão de não sabermos nada ainda.
Por muito tempo a gente vive envolto em questões de ordem egoísticas, estamos presos à nós mesmos. O ser humano adora ter uma sensação de um certo controle, de um certo conhecimento do que se passa ao seu redor, sem ter, ao mesmo tempo, relevância esse sentimento, e, com isso perde tempo precioso, o qual poderia usar para criar coisas maiores, sonhos maiores, de mais aproveitamento pessoal e coletivo. Fica preso à uma retórica sem sentido, pois desperdiça sua energia com um alcançar sem nexo, com um almejar robótico, não pensado nem idealizado por ele mesmo, vai seguindo o rebanho que caminha pra ribanceira. Surge uma energia disconexa, uma coisa sem sabor que a maioria das vezes ele nem se dá conta.
O que seria o homem senão a vitória do pensamento lógico, e é aí o ponto da conversa; existe algo a mais que a razão, um estágio que teremos de almejar, não importa com quantas gerações; é a nossa próxima fase de desenvolvimento.
Será preciso se livrar do fardo da insatisfação e da mediocridade para seguirmos em frente; de nada adianta se achar cura pra tudo se; a pior de todas as doenças, a ignorância, aumenta em proporções alarmantes. Qual o significado da tecnologia para a humanidade hoje em dia?
Estamos dando conta de que se não for sustentável ela pode ser uma arma contra nós mesmos; muita coisa mudou, e muita coisa está mudando, silenciosamente.
Urge uma revolução muito grande, de proporções incalculáveis, ela tende por em choque todo contexto que o homem acredita como inalterável, será algo como uma revolução astral, a mudança que fará com que nos enxerguemos como seres universais. Tudo o que vivemos hoje será um passado esdrúxulo, uma fase de transição sinistra que atualmente desempenhamos sem saber. O homem ainda vai sofrer por descobrir que algumas leis da natureza não devem ser alteradas, mas sobreviverá para ter a ciência desse fato.
Atualmente procuramos artifícios que nos deem sentido em nosso viver, seja no material, no conjugal, nos filhos, nas relações de amizade; enfim, tudo que nos apegamos no sentido de sentirmos parte de uma sociedade, de ser aceito pelos outros; nossa felicidade está acima de qualquer coisa, nos tornamos egoístas para almejá-la. Custe o que custar todo mundo quer ser feliz não importando a consequência, e a consequência começa agora a surgir como um monstro bem na nossa frente, nas telas de nossas TV's, ao vivo e à cores.
É a história da humanidade, mais um capítulo, mais um inverno que chega e chegará pra que nos tornemos humanos de verdade.
Que assim seja...
terça-feira, 24 de junho de 2008
Escura poesia cura
Na noite mais longa do ano
Desencano de meus desenganos
A espera já não assusta
Porque nada mais conspiro
A não ser a leve e eterna vida
Que também se revela no escuro
Há muita poesia numa noite fria
Há muito mistério do outro lado do muro
Desencano de meus desenganos
A espera já não assusta
Porque nada mais conspiro
A não ser a leve e eterna vida
Que também se revela no escuro
Há muita poesia numa noite fria
Há muito mistério do outro lado do muro
sexta-feira, 13 de junho de 2008
Comigo consigo
Sou único
E essa unidade me apraz
No entanto, às vezes
Alguém dentro de mim
Quando percebe um outro eu
Comigo e consigo se desfaz
Sou tantos
E tão pouco
Que o único sentido
Que me resta
É fazer com que
Todos tenham paz
E essa unidade me apraz
No entanto, às vezes
Alguém dentro de mim
Quando percebe um outro eu
Comigo e consigo se desfaz
Sou tantos
E tão pouco
Que o único sentido
Que me resta
É fazer com que
Todos tenham paz
sábado, 7 de junho de 2008
Sapiens
O que foge à compreensão não agrada, agride a alma do ser humano assustado. Existir é uma situação penosa ao indeciso homo sapiens, melhor se recolher ao conforto da ilusão e esperar que as coisas se resolvam por si só, enquanto isso se diverte com insignificâncias que uma mente curta se desdobra pra criar.
segunda-feira, 2 de junho de 2008
PARAHYBVNA, PARAIBUNA, PARAIBVNA
Charmosa senhora PARAHYBVNA
Outrora cheia de glórias
Com tantos filhos ilustres
Por esse Brasil afora
Época de grandes homens
Passado presente na memória
Casarões e ruas cheias
Isso tudo faz parte da história
Modesta e acolhedora PARAIBUNA
Um futuro promissor já te envolveu
Promessas de muito progresso
Isso também já te aconteceu
Tu tinhas a alma acesa
Mesmo o simples, orgulho nos deu
Tudo era bom, motivo de festa
Nunca desprezaste um filho teu
Desnorteada e insegura PARAIBVNA
Mas o que foi que lhe sucedeu?
Mudaram teu rumo pro incerto
Acabou-se a paz que um dia viveu
Descaso e desonra vives agora
Roubaram-lhe o brilho, tudo que é teu
Respiras um ar pesado, nebuloso
Fecharam as portas, te jogaram num breu
Outrora cheia de glórias
Com tantos filhos ilustres
Por esse Brasil afora
Época de grandes homens
Passado presente na memória
Casarões e ruas cheias
Isso tudo faz parte da história
Modesta e acolhedora PARAIBUNA
Um futuro promissor já te envolveu
Promessas de muito progresso
Isso também já te aconteceu
Tu tinhas a alma acesa
Mesmo o simples, orgulho nos deu
Tudo era bom, motivo de festa
Nunca desprezaste um filho teu
Desnorteada e insegura PARAIBVNA
Mas o que foi que lhe sucedeu?
Mudaram teu rumo pro incerto
Acabou-se a paz que um dia viveu
Descaso e desonra vives agora
Roubaram-lhe o brilho, tudo que é teu
Respiras um ar pesado, nebuloso
Fecharam as portas, te jogaram num breu
Humanos
Ei-nos aqui, sentados à beira do vulcão de nossa hipócrita ingenuidade, desperdiçando tempo e suór com coisas insignificantes e fúteis, matando toda imaginação do mundo, no mundo do, "poderia ser pior", aplaudindo com um riso amarelo essa gente sem talento, que sai de todos os cantos a nos enojar o que deveria ser uma vida digna e decente.
Somos o espelho de nossa existência, e vemos coisa pior que um "mundo doente", vemos a nós mesmos despedaçados nos cacos do que resta de nossas vidas.
Os olhos e a mente nao alcançam nada mais além de uma cegueira pré fabricada, um prazer artificial e uma vergonha imensurável.
Orgulho, ignorância e voluptuosidade.
Eis a nós, humanos, cansados de seres humanos.
Somos o espelho de nossa existência, e vemos coisa pior que um "mundo doente", vemos a nós mesmos despedaçados nos cacos do que resta de nossas vidas.
Os olhos e a mente nao alcançam nada mais além de uma cegueira pré fabricada, um prazer artificial e uma vergonha imensurável.
Orgulho, ignorância e voluptuosidade.
Eis a nós, humanos, cansados de seres humanos.
Esse ésse
Sim
Só
Sei
Se
Sonhar
Se
Sorrir
Senão
Sofro
Sereno
Sem
Sentimentos
Sinceros
Sabe
Sou
Senhor
Sinalizando
Seus
Segredos
Sina
Solitária
Sacana
Simplesmente
Sutil
Só
Sei
Se
Sonhar
Se
Sorrir
Senão
Sofro
Sereno
Sem
Sentimentos
Sinceros
Sabe
Sou
Senhor
Sinalizando
Seus
Segredos
Sina
Solitária
Sacana
Simplesmente
Sutil
segunda-feira, 19 de maio de 2008
Fujas não
Não são fugas sonhar, não fujas do meu olhar.
Instantes que chego mais próximo ao nada. Me vejo sem o peso herdado da humanidade, sem os deveres a que me submeto sem saber, sem a sensação de vazio da busca pela verdade. Me sinto feliz e percebo o universo em mim, somos todos felizes nesse vácuo. Não existem motivos, nem defeitos, nem qualidades; apenas paira no ar a sensação de alívio, a sensação de se estar ouvindo músicas serenas num dia de sol, com o cheiro de flores pelo ar. O amor salta aos olhos pra todas as direções em que se olha. Não existe medo nem vergonha nesse lugar, a única lágrima que rola é de felicidade ao perceber que gente querida acaba de chegar. Não fujas de sonhar, não são fugas no olhar.
Instantes que chego mais próximo ao nada. Me vejo sem o peso herdado da humanidade, sem os deveres a que me submeto sem saber, sem a sensação de vazio da busca pela verdade. Me sinto feliz e percebo o universo em mim, somos todos felizes nesse vácuo. Não existem motivos, nem defeitos, nem qualidades; apenas paira no ar a sensação de alívio, a sensação de se estar ouvindo músicas serenas num dia de sol, com o cheiro de flores pelo ar. O amor salta aos olhos pra todas as direções em que se olha. Não existe medo nem vergonha nesse lugar, a única lágrima que rola é de felicidade ao perceber que gente querida acaba de chegar. Não fujas de sonhar, não são fugas no olhar.
Espelho confronto
Maior dos confrontos
Luz que reflete
Mostrando minha aparência
Minha imagem distorcida
Dentro de um espaço
Tempo que corrói
O que se chama vida
Conflito de gerações
Busca desesperada pelo prazer
Do ser e do poder
Sãs e sem sentido
Atos inconsistentes
Destreza e embriaguez
No inconsciente coletivo
O que nos cega a alma?
Nos atormenta e nos acalma?
A sensação de vencer
Talvez possa nos convencer
Que nosso maior predador
Sorri quando nos vê
Refletido num espelho
Luz que reflete
Mostrando minha aparência
Minha imagem distorcida
Dentro de um espaço
Tempo que corrói
O que se chama vida
Conflito de gerações
Busca desesperada pelo prazer
Do ser e do poder
Sãs e sem sentido
Atos inconsistentes
Destreza e embriaguez
No inconsciente coletivo
O que nos cega a alma?
Nos atormenta e nos acalma?
A sensação de vencer
Talvez possa nos convencer
Que nosso maior predador
Sorri quando nos vê
Refletido num espelho
segunda-feira, 5 de maio de 2008
Insaníssima trindade
O corpo padece
Desce o último degrau
Porque minh'alma caminha
Com minha cegueira letal
Incansável e insaciável alma
Que nunca se acalma
Já meu corpo tonto
Nem sempre está pronto
No encontro desse desencontro
Existe um ponto central
Sou eu levado ao léu
Vivendo num mundo banal
Assim somos três
Um reclama de um lado
O outro escuta calado
Agora chegou minha vez
Corpo, alma, myself comigo
Lavando a cara, levando perigo
Agora vê se não abusa
Me tira o desassossego
Me deixa descansar
Que amanhã acordamos cedo
Desce o último degrau
Porque minh'alma caminha
Com minha cegueira letal
Incansável e insaciável alma
Que nunca se acalma
Já meu corpo tonto
Nem sempre está pronto
No encontro desse desencontro
Existe um ponto central
Sou eu levado ao léu
Vivendo num mundo banal
Assim somos três
Um reclama de um lado
O outro escuta calado
Agora chegou minha vez
Corpo, alma, myself comigo
Lavando a cara, levando perigo
Agora vê se não abusa
Me tira o desassossego
Me deixa descansar
Que amanhã acordamos cedo
terça-feira, 22 de abril de 2008
Sem tempo
Tempo,
Energia cósmica
Em forma de luz
Como decifrar-te
Se não decifro a mim mesmo?
Tu me acaricias
Com teus segundos, teus milênios
Me povoas a cabeça com sonhos
Com dores e amores
Tempo mister, mistério tempo
Por quantas vezes te matei, ó tempo
Por isso me transformará em pó?
Tu que foste mágico
Trágico, já me arrebatou
Me leva pelos cantos do infinito
Sem saber se quero, eu vou
Caminhas lenta e apressadamente
Possuindo tudo
Como se nada fosse
O ontem
O hoje
O amanhã
Voçê que é e sempre será
Tudo o que me restou
(Existe tu dentro de outro tempo, como eu, que vivo ao mesmo tempo com pessoas que não têm tempo, nem fazem parte do meu tempo e não sabem se estão ganhando ou perdendo tempo?)
Energia cósmica
Em forma de luz
Como decifrar-te
Se não decifro a mim mesmo?
Tu me acaricias
Com teus segundos, teus milênios
Me povoas a cabeça com sonhos
Com dores e amores
Tempo mister, mistério tempo
Por quantas vezes te matei, ó tempo
Por isso me transformará em pó?
Tu que foste mágico
Trágico, já me arrebatou
Me leva pelos cantos do infinito
Sem saber se quero, eu vou
Caminhas lenta e apressadamente
Possuindo tudo
Como se nada fosse
O ontem
O hoje
O amanhã
Voçê que é e sempre será
Tudo o que me restou
(Existe tu dentro de outro tempo, como eu, que vivo ao mesmo tempo com pessoas que não têm tempo, nem fazem parte do meu tempo e não sabem se estão ganhando ou perdendo tempo?)
quarta-feira, 16 de abril de 2008
Vede a verdade
Vede a verdade
Antes que vos vede ela
Caminhai, pois, seguros
Sem temerdes a mazela
Fixai no que sereis
E quereis coisas belas
Sede a graça e o empenho
E vos encontrareis na alta esfera
Antes que vos vede ela
Caminhai, pois, seguros
Sem temerdes a mazela
Fixai no que sereis
E quereis coisas belas
Sede a graça e o empenho
E vos encontrareis na alta esfera
domingo, 13 de abril de 2008
Amemos
O único remédio para a dor do existir é o amor
Feliz o que se entrega, o que se deixa levar por esse sentimento
Que abre a porta de sua alma e o aceita incondicionalmente
Pois ele não vingará onde existe dúvida, onde existe medo
As pessoas perdem muito tempo com coisas fúteis
Vivem acerca dum emaranhado de sentimentos inexpressivos
São incapazes de se libertar dessa sina medíocre
Porque são covardes ante o amor
Porque têm medo desse sentimento nobre
Façamos por merecer nossa existência
Sejamos nobres com o mistério com que fomos agraciados
Amemos
Feliz o que se entrega, o que se deixa levar por esse sentimento
Que abre a porta de sua alma e o aceita incondicionalmente
Pois ele não vingará onde existe dúvida, onde existe medo
As pessoas perdem muito tempo com coisas fúteis
Vivem acerca dum emaranhado de sentimentos inexpressivos
São incapazes de se libertar dessa sina medíocre
Porque são covardes ante o amor
Porque têm medo desse sentimento nobre
Façamos por merecer nossa existência
Sejamos nobres com o mistério com que fomos agraciados
Amemos
terça-feira, 8 de abril de 2008
Sem sina nem sinal
Vou passar por cima
Dessa poesia que não rima
Dessa dor
Desse cansaço
Vou jogar no tacho
Se desencontrado me encontro
Falando cabisbaixo
Sussurrando desagrados
Do que vem de cima
Do que vem de baixo
Ai se me descobrem assim
Segurando minha criança
Olhando sem esperança
Pro futuro incerto
Pra um futuro ingrato
Um trabalho tem que ser util
Inutil falar isso aqui
Mas se assim que penso
Assim penso mudar
Trabalha, trabalha
E deixa estar o pensar
Dessa poesia que não rima
Dessa dor
Desse cansaço
Vou jogar no tacho
Se desencontrado me encontro
Falando cabisbaixo
Sussurrando desagrados
Do que vem de cima
Do que vem de baixo
Ai se me descobrem assim
Segurando minha criança
Olhando sem esperança
Pro futuro incerto
Pra um futuro ingrato
Um trabalho tem que ser util
Inutil falar isso aqui
Mas se assim que penso
Assim penso mudar
Trabalha, trabalha
E deixa estar o pensar
segunda-feira, 7 de abril de 2008
Choram as mães
Sangra a terra mãe
Ao parir seus filhos
Agoniza de tristeza
A matriarca arrependida
Desespera-se a mãe natureza
A sentir-se esvaindo mortalmente
Se sacode tentando se livrar de suas criaturas
Que sugam-lhe, no ventre, a vida
Qual criaturas horripilantes criaste
Seres sedentos de raiva e de paixão
Caminham cegos por teus seios
Tolhendo-lhe a vida como se nada fosse
Seria ilusão, seria tristeza
Essa estúpida frieza contra teu ser
Que inunda de mágoas
E que fere sem trégua
Todo sonho e todo viver
Ao parir seus filhos
Agoniza de tristeza
A matriarca arrependida
Desespera-se a mãe natureza
A sentir-se esvaindo mortalmente
Se sacode tentando se livrar de suas criaturas
Que sugam-lhe, no ventre, a vida
Qual criaturas horripilantes criaste
Seres sedentos de raiva e de paixão
Caminham cegos por teus seios
Tolhendo-lhe a vida como se nada fosse
Seria ilusão, seria tristeza
Essa estúpida frieza contra teu ser
Que inunda de mágoas
E que fere sem trégua
Todo sonho e todo viver
Adiante
Adormece
Te solta do mundo
Das mágoas
Das dores
Ó pobre criança
Acumula tua alma
Com sonhos
Singelos olhares
Ecos da eternidade
Que renovam teu ser
Veja a vida
Não é sofrida
É tudo passageiro
Não há empecilho
Para o verdadeiro
Somos breves
Somos leves
Somos fortes
E não há o que temer
Diante da vida
Diante da morte
Te solta do mundo
Das mágoas
Das dores
Ó pobre criança
Acumula tua alma
Com sonhos
Singelos olhares
Ecos da eternidade
Que renovam teu ser
Veja a vida
Não é sofrida
É tudo passageiro
Não há empecilho
Para o verdadeiro
Somos breves
Somos leves
Somos fortes
E não há o que temer
Diante da vida
Diante da morte
quarta-feira, 2 de abril de 2008
Mi lagrima
Sempre que estou quase conseguindo sair de mim,
escalando minha garganta a ver o brilho do mundo por entre meus dentes,
numa vontade de me fazer um grito absurdo,
pra tudo o que sei
e o que não sei.
Eis que no último degrau de meu ser,
eu despenco.
E lá vou eu,
descendo por entre minhas vísceras,
meus órgãos,
minhas tripas.
Planando no infinito abismo de minha alma.
Fragmentos de lembranças esquecidas,
dores de todos os partos,
nos quais fui gerido e gerei,
o próprio tempo se esforçando pra se tornar a vir a ser tempo,
e ao mesmo tempo, tempo não existir.
Uma tempestade extra,
intra, ultra corporal,
carnal e espiritual que não tem fim.
O big bang de minha existência.
Impotência do ser ante o criador,
dentro dum enorme vazio.
E, quando chego perto do fim do fim,
eis que surge a primeira lágrima,
aquela que rega os sonhos,
que lava meus olhos
e faz céu azul,
acalma as tempestades,
e que me faz levantar,
e a caminhar em frente,
para sempre e de novo,
pela eternidade,
sereno,
outra vez.
escalando minha garganta a ver o brilho do mundo por entre meus dentes,
numa vontade de me fazer um grito absurdo,
pra tudo o que sei
e o que não sei.
Eis que no último degrau de meu ser,
eu despenco.
E lá vou eu,
descendo por entre minhas vísceras,
meus órgãos,
minhas tripas.
Planando no infinito abismo de minha alma.
Fragmentos de lembranças esquecidas,
dores de todos os partos,
nos quais fui gerido e gerei,
o próprio tempo se esforçando pra se tornar a vir a ser tempo,
e ao mesmo tempo, tempo não existir.
Uma tempestade extra,
intra, ultra corporal,
carnal e espiritual que não tem fim.
O big bang de minha existência.
Impotência do ser ante o criador,
dentro dum enorme vazio.
E, quando chego perto do fim do fim,
eis que surge a primeira lágrima,
aquela que rega os sonhos,
que lava meus olhos
e faz céu azul,
acalma as tempestades,
e que me faz levantar,
e a caminhar em frente,
para sempre e de novo,
pela eternidade,
sereno,
outra vez.
quinta-feira, 6 de março de 2008
Criança que pensa não dança
A crença
Quando cansa
Pinça
Feito geringonça
Faz uma bagunça
Criança
Pensa
Cinza
Se a onça
Morre feito jagunça
Dança
Quem imensa
Ranzinza
E sonsa
Pingunça
Quando cansa
Pinça
Feito geringonça
Faz uma bagunça
Criança
Pensa
Cinza
Se a onça
Morre feito jagunça
Dança
Quem imensa
Ranzinza
E sonsa
Pingunça
terça-feira, 4 de março de 2008
São palavras sãs
As palavras
Ao contrário de mim
Estão soltas
Estão no ar
Sinto-as
Formando lindos poemas
Estão à minha frente
À minha mente
Porém
Não consigo pegá-las
São espertas, são ligeiras
Esperam de mim muito mais
Me querem inteiro
Me querem sabendo amar
Para em minhas mãos
Finalmente pousar
Vivo assim
Pescando-as, sonhando-as
Imaginando-as darem significados
Reais e verdadeiros
Um sentido, um contexto
Nesse eterno penar
Ao contrário de mim
Estão soltas
Estão no ar
Sinto-as
Formando lindos poemas
Estão à minha frente
À minha mente
Porém
Não consigo pegá-las
São espertas, são ligeiras
Esperam de mim muito mais
Me querem inteiro
Me querem sabendo amar
Para em minhas mãos
Finalmente pousar
Vivo assim
Pescando-as, sonhando-as
Imaginando-as darem significados
Reais e verdadeiros
Um sentido, um contexto
Nesse eterno penar
domingo, 2 de março de 2008
Não peças, peças não
Amigo, admiro muito tua capacidade de tentar, conseguir e exibir coisas materiais, entretanto não é essa a minha sina, procuro por algo mais, não peças que te explique o que, se não consegues entender o meu jeito de viver muito menos entenderás minhas idéias.
Idéia de caminhada
"Um ato proposital tende a criar algo objetivo, já um desproposital pode criar um universo."
segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008
Não tardam as tardes
Se se dorme pra esquecer
Melhor nem lembrar...
Vão-se os dias
De alegria desproposital
De tardes ensolaradas
De músicas inocentes
Algo nebula o espaço mágico
Tentam nos furtar a alegria
Cria-se um clima desconfortável
Somos vítimas da inveja dos covardes
Mas se esquecem os coitados
Que somos mais que capazes
Somos seres imortais
Com a eternidade de braços dados
Recriaremos a felicidade
Imaginando outras línguas, outras palavras
Reconstruiremos nossas cidades
Nas fontes, alegria de verdade...
Melhor nem lembrar...
Vão-se os dias
De alegria desproposital
De tardes ensolaradas
De músicas inocentes
Algo nebula o espaço mágico
Tentam nos furtar a alegria
Cria-se um clima desconfortável
Somos vítimas da inveja dos covardes
Mas se esquecem os coitados
Que somos mais que capazes
Somos seres imortais
Com a eternidade de braços dados
Recriaremos a felicidade
Imaginando outras línguas, outras palavras
Reconstruiremos nossas cidades
Nas fontes, alegria de verdade...
segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008
Morte sorte forte
O fim da vida
A morte
Silêncio absurdo
Gritando n'alma
Mistério empírico
Desvendando meu ser
Coragem e sabedoria
Terei que me implantar
Para sobreviver
À vida sofrida
À lágrima corrida
Sementes do meu crescer
Inquieta impotência
Espetando a consciência
Matando devagar
Me levando pra próximo
Do que talvez seja
Um mais que real viver
A morte
Silêncio absurdo
Gritando n'alma
Mistério empírico
Desvendando meu ser
Coragem e sabedoria
Terei que me implantar
Para sobreviver
À vida sofrida
À lágrima corrida
Sementes do meu crescer
Inquieta impotência
Espetando a consciência
Matando devagar
Me levando pra próximo
Do que talvez seja
Um mais que real viver
domingo, 10 de fevereiro de 2008
Nada
O nada é pai de tudo
A ignorância é mãe dos males
Os filhos desse casal absurdo
São humanos que habitam os vales
A ignorância é mãe dos males
Os filhos desse casal absurdo
São humanos que habitam os vales
Araras sarará
Araras se riem sararás
Saracotiam serenas, serelepes
Será que soletram siriri?
Surubam, as araras surubam
Saracotiam serenas, serelepes
Será que soletram siriri?
Surubam, as araras surubam
quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008
Cinzas
Inócua
Ambivalente sensação
Despertar de um pesadelo
E se pegar em outra ilusão
São cinzas...
Somos todos cinzas
Com olhares azuis
Pensamentos claros
E tudo confuso em volta
Sorrisos amarelos...
Ai que maravilha
O fim do mundo
O começo do carnaval
A quarta-feira cinza
A aquarela humana
Esqueçamos tudo
E voltemos à luta
Conquistemos o mundo
Acizentado que criamos
Monocromático
O homem estufa o peito
Diante do efeito estufa
E pensa:
-Eu sou, eu posso...
Descolorido!
Ambivalente sensação
Despertar de um pesadelo
E se pegar em outra ilusão
São cinzas...
Somos todos cinzas
Com olhares azuis
Pensamentos claros
E tudo confuso em volta
Sorrisos amarelos...
Ai que maravilha
O fim do mundo
O começo do carnaval
A quarta-feira cinza
A aquarela humana
Esqueçamos tudo
E voltemos à luta
Conquistemos o mundo
Acizentado que criamos
Monocromático
O homem estufa o peito
Diante do efeito estufa
E pensa:
-Eu sou, eu posso...
Descolorido!
segunda-feira, 28 de janeiro de 2008
Sereno, sereno...
Chove fininho
Gotas caem devagar
Como lágrimas
Que não sabemos
Se de tristeza ou de alegria
São serenas
Sereno sereno...
Se faz saudade
Dos amores que já foram
Dos odores da infância
De lugares e pessoas
Coisas que não conheci
Me inunda a alma
A serenidade
Tempo de pensar
De reconhecer
De reaprender
E depois viver
Viver pra amar
Sempre sereno
Sereno no ar
Gotas caem devagar
Como lágrimas
Que não sabemos
Se de tristeza ou de alegria
São serenas
Sereno sereno...
Se faz saudade
Dos amores que já foram
Dos odores da infância
De lugares e pessoas
Coisas que não conheci
Me inunda a alma
A serenidade
Tempo de pensar
De reconhecer
De reaprender
E depois viver
Viver pra amar
Sempre sereno
Sereno no ar
domingo, 27 de janeiro de 2008
Deu na telha
Hoje, 27 de Janeiro de 2008, Domingo cinzento que vem de quase dez dias de frio em pleno verão de aquecimento global, faltando menos de uma semana pro Carnaval, consegui redefinir a senha desse meu blog que há muito não postava, não por falta de interesse mas por falta de tempo e por não estar conseguindo logar, e, não ter paciência para concluir o processo de resgatar senha e tal.
Ontem estive com o bloco Pé no brejo em um grito de carnaval no bar restaurante do nosso amigo Niquinha, foi um evento simples mas empolgante ao mesmo tempo. O bloco, que sempre deixa as coisas pra última hora, em todos os sentidos, fez uma apresentação além do esperado por todos os integrantes. Tinha muita gente descolada, muita mulher bonita e o ambiente agradável que nosso amigo proporciona. Esperamos poder realizar mais eventos assim, pois é importante essa interação de pessoas todas ligadas num só ritmo e nesse espírito de festa e união que o carnaval desperta. Foi 10, parabéns a todos!
Entretanto, o que quero dizer, me ocorreu num de meus pensamentos hoje de manhã, na hora do banho. Comecei a pensar que o ser dominante do planeta terra tem um conflito interno muito grande consigo mesmo, parece piegas, de certa maneira o é, mas a causa de toda essa desigualdade e absurdo, que não dá muito Ibope na TV, mas que não pára de cutucar a consciência nas horas em que a gente presta contas com o nosso lado espiritual, é justamente essa indefinição, essa vontade de fugir do nosso íntimo, essa embriaguez à que nos submetemos para disfarçar e lançar mão de assumirmos o que nos fala a voz do coração.
O homem evoluiu muito tecnologicamente nessas décadas anteriores ao começo do terceiro milênio, e avança ousadamente cada vez mais nesses dias tão assim esperados. Porém, por outro lado, ainda tem um pé lá no lado animal, ainda falta-lhe coragem pra assumir por inteiro a condição de um ser que enxergue o semelhante como um próximo, falta-lhe inspiração para entender o que significa a palavra AMOR.
Pensei comigo que um ser completo, teria um pouco da característica de cada povo, de cada homem que habita os magnifícos lugares que existem nesse planeta. Esse homem poderia ter o senso de liberdade e vocação espiritual dos latinos, teria a inteligência em criar e aperfeiçoar objetos úteis à sobrevivência dos povos do norte, a alegria e a capacidade de entender as dádivas que nos são oferecidas para nossa sobrevivência dos africanos, teria a concentração e a força de vontade dos povos do oriente, e muitas outras qualidades de muitos outros povos que habitam aqui, nessa inexplicável massa de energia e coisas maravilhosas que se chama Terra.
Todos unidos para o bem de todos, sem medo, sem mesquinharias, sem o egoísmo plural que hoje nos faz refém de nós mesmos, que nos faz sentir tristes e impotentes diante do milagre da vida, o milagre do agora, do ser e do estar...
Pode parecer uma utopia muito grande, uma coisa impensável até para algumas pessoas, mas não há um caminho sem o amor, o amor é o único caminho. Não tenho idéia também de como isso venha à acontecer, mas se isso já se fez um pensamento, já é um começo de uma certa maneira. Eu sei que já existem pessoas trabalhando por isso. Já é viva essa consciência, falta ela crescer e se tornar real para que o homem encontre o Homem.
Bom, depois de muito tempo sem postar aqui no Blog, venho mui humildemente sugerir essas palavras à quem interessar possa, se acaso, voçê que leu, tiver uma crítica ou sugestão sobre esse tema, fico contente que faça um comentário.
Que seus olhos enxerguem todas as côres, todos os dias de tua existência, abraço à todos!
Ontem estive com o bloco Pé no brejo em um grito de carnaval no bar restaurante do nosso amigo Niquinha, foi um evento simples mas empolgante ao mesmo tempo. O bloco, que sempre deixa as coisas pra última hora, em todos os sentidos, fez uma apresentação além do esperado por todos os integrantes. Tinha muita gente descolada, muita mulher bonita e o ambiente agradável que nosso amigo proporciona. Esperamos poder realizar mais eventos assim, pois é importante essa interação de pessoas todas ligadas num só ritmo e nesse espírito de festa e união que o carnaval desperta. Foi 10, parabéns a todos!
Entretanto, o que quero dizer, me ocorreu num de meus pensamentos hoje de manhã, na hora do banho. Comecei a pensar que o ser dominante do planeta terra tem um conflito interno muito grande consigo mesmo, parece piegas, de certa maneira o é, mas a causa de toda essa desigualdade e absurdo, que não dá muito Ibope na TV, mas que não pára de cutucar a consciência nas horas em que a gente presta contas com o nosso lado espiritual, é justamente essa indefinição, essa vontade de fugir do nosso íntimo, essa embriaguez à que nos submetemos para disfarçar e lançar mão de assumirmos o que nos fala a voz do coração.
O homem evoluiu muito tecnologicamente nessas décadas anteriores ao começo do terceiro milênio, e avança ousadamente cada vez mais nesses dias tão assim esperados. Porém, por outro lado, ainda tem um pé lá no lado animal, ainda falta-lhe coragem pra assumir por inteiro a condição de um ser que enxergue o semelhante como um próximo, falta-lhe inspiração para entender o que significa a palavra AMOR.
Pensei comigo que um ser completo, teria um pouco da característica de cada povo, de cada homem que habita os magnifícos lugares que existem nesse planeta. Esse homem poderia ter o senso de liberdade e vocação espiritual dos latinos, teria a inteligência em criar e aperfeiçoar objetos úteis à sobrevivência dos povos do norte, a alegria e a capacidade de entender as dádivas que nos são oferecidas para nossa sobrevivência dos africanos, teria a concentração e a força de vontade dos povos do oriente, e muitas outras qualidades de muitos outros povos que habitam aqui, nessa inexplicável massa de energia e coisas maravilhosas que se chama Terra.
Todos unidos para o bem de todos, sem medo, sem mesquinharias, sem o egoísmo plural que hoje nos faz refém de nós mesmos, que nos faz sentir tristes e impotentes diante do milagre da vida, o milagre do agora, do ser e do estar...
Pode parecer uma utopia muito grande, uma coisa impensável até para algumas pessoas, mas não há um caminho sem o amor, o amor é o único caminho. Não tenho idéia também de como isso venha à acontecer, mas se isso já se fez um pensamento, já é um começo de uma certa maneira. Eu sei que já existem pessoas trabalhando por isso. Já é viva essa consciência, falta ela crescer e se tornar real para que o homem encontre o Homem.
Bom, depois de muito tempo sem postar aqui no Blog, venho mui humildemente sugerir essas palavras à quem interessar possa, se acaso, voçê que leu, tiver uma crítica ou sugestão sobre esse tema, fico contente que faça um comentário.
Que seus olhos enxerguem todas as côres, todos os dias de tua existência, abraço à todos!
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